quarta-feira, 26 de agosto de 2009

***

Dia de limpar os armários, revirar gavetas, separar o pouco que é meu do tanto que já é irremediavelmente perdido. Processo doloroso, é certo, mas cada vez menos: amadurecer e ver que nada faz realmente sentido tem suas vantagens. Cortar os laços deixa de ser tragédia sofocliana, olhos furados e um longo caminho de dor. Não: a graça está é no novo, e quem me dera viver só de começos. Trocar o amor que já se empoeirou pelas paixões sublimes, toques e lábios e o "eu te amo" pronunciado com tanto fervor e certeza. Fênix, quem me dera.

PUBLICADO - LIVRO DA TRIBO 2011

Nenhum comentário: